Nome botânico: Coffea arabica
Origem: Brasil
Parte utilizada: Sementes
Método de extração: Prensado
Agricultura: Convencional
Coffea arábica é uma espécie de café natural da Etiópia, supostamente uma das primeiras espécies de café a ser cultivada. A espécie Coffea arábica produz cafés de qualidade, finos e requintados, e possui aroma intenso e os mais diversos sabores, com inúmeras variações de corpo e acidez. O café tradicional é composto por esta planta.
O óleo de café verde é extraído pela prensagem dos frutos secos e possui o aroma característico das folhas verdes de café.
Apresenta maior concentração de diterpenos quando comparado ao café torrado, agregando, portanto, maior potencial antioxidante. Possui poderosa atuação rejuvenescedora e protetora da pele, agindo como protetor solar.
A cafeína é uma substância lipossolúvel encontrada no óleo de café verde e que lhe dá propriedades estimulantes do metabolismo úteis na massagem redutora com a queima de gordura localizada, efeito anticelulite, estimulante da circulação local e efeito tônico para o alívio do cansaço.
PROPRIEDADES:
- Poderoso antioxidante
- Anticancerígeno, capaz de induzir a atividade da enzima antioxidante glutationa-S-transferase (GSH).
- Auxilia na perda de peso. Possui ácido clorogênico, presente apenas nos grãos não torrados do café.
- Profundo efeito antienvelhecimento, combatendo rugas e linhas de expressão.
- Fotoprotetor: bloqueia a radiação solar UVB e aumenta a capacidade de resistência da pele ao calor, ajuda na proteção da pele contra queimaduras, insolação e câncer de pele.
- Melhora o metabolismo do corpo
- Termogênico natural
- Estimula a circulação local
- Promove a lubrificação da pele e regeneração da barreira hidrolipídica, melhorando sua aparência e textura, evitando a perda de água e influência de agentes externos.
- Reduz a queda de cabelo e estimula o crescimento dos fios. Estimula a circulação do couro cabeludo e revitaliza a saúde dos cabelos.
- Tem efeito tônico e deixa a pele mais firme, pois estimula a síntese de colágeno e elastina
- Melhora doenças dermatológicas, como dermatites, eczema e psoríase, além de ser preventivo da formação de rugas e estrias.
EMOCIONAL:
- Possui propriedades estimulantes e tônicas.
- É ótimo para usar no ambiente como estimulante físico e mental, combatendo o sono, a preguiça e o desânimo.
PERFUMARIA:
Descrição olfativa: aroma característico das folhas verdes do café.
SEGURANÇA:
- Contraindicado para gestantes.
- Contraindicado para alérgicos a cafeína.
- Não utilize óleos essenciais puros sobre a pele.
- Usar sempre em baixa dosagem.
- Armazene longe do alcance de crianças.
- Não exponha na região dos olhos.
- Em caso de irritação, suspenda o uso e procure orientação médica.
- A Laszlo não se responsabiliza pelo uso indevido dos produtos.
ARTIGO:
O óleo que rejuvenesce a pele, age como protetor solar e ainda ajuda na queima da gordura localizada
O óleo de café verde é extraído pela prensagem dos frutos secos. É apontado como um produto de excepcional qualidade terapêutica por ser rico em antioxidantes, vitamina E, coenzima Q10, cafeína e ácidos graxos. Ele contém cerca de 75% de triglicerídeos e em torno de 20% de monoésteres graxos dois álcoois, chamados de cafestol e caveol8.
A cafeína é uma substância lipossolúvel encontrada no óleo de café verde e que lhe dá propriedades estimulantes do metabolismo úteis na massagem redutora com a queima de gordura localizada, efeito anticelulite, ação estimulatória da circulação local e efeito tônico para o alívio do cansaço.
Na água e em temperatura ambiente, a cafeína é apenas 2.1% solúvel. Quando aquecida a 80oC ela tem 15% de solubilidade e na temperatura de fervura (100oC) ela tem 40% 1. Cerca de 60% da cafeína do café fica retida no coador ou no pó. Igualmente, os antioxidantes cafestol e caveol do café são lipossolúveis e boa parte também fica retida quando coado.
Um trabalho científico americano2 demonstrou que o ácido clorogênico, presente apenas nos grãos não torrados, poderia auxiliar na perda de até 10% do peso. Se ingerido em doses baixas (até 4 xícaras/dia), o ácido clorogênico possui excelentes propriedades terapêuticas e ajudaria a emagrecer, mas em doses altas (várias xícaras), ele pode dar efeito inverso3.
Vários trabalhos têm demonstrado que os diterpenos do café verde apresentam potentes propriedades anticancerígenas pela indução da atividade da enzima antioxidante glutationa-S-transferase (GSH)9,10. Estes diterpenos (caveol e cafestol) foram capazes de aumentar em 600% a atividade da GSH no fígado e 700% no intestino delgado de animais4. Comparado ao 3-tert-butil-4-hidroxianisol (BHA), uma das mais potentes substâncias capazes de aumentar a atividade da GSH, o caveol foi três vezes mais potente9.
Este efeito indutor da glutationa faz com que o óleo de café verde na pele tenha um profundo efeito antienvelhecimento e regenerador dos tecidos. A glutationa, além de antioxidante, é também uma enzima reparadora que previne o envelhecimento da pele e possui a capacidade de aumentar nas células sua resistência ao calor5 o que ajuda na proteção contra queimaduras, insolação e o próprio câncer de pele.
O óleo de café verde possui a propriedade de permitir a passagem somente dos raios UVA (320 a 400 nm) e de bloquear a radiação solar UVB (280 a 320 nm) causadora de eritrema e vermelhidão na pele6,7 e, em concentração a partir de 20% teve um bom efeito de proteção solar8.
O óleo de café além de possuir a habilidade de absorver a radiação solar, promove a lubrificação da pele e regeneração da barreira hidrolipídica6, melhorando sua aparência e textura. O cafestol e caveol aumentaram a barreira do estrato córneo da pele pelo aumento da diferenciação celular, além de aumentar a síntese de lipídios. Esta camada mais externa funciona como uma barreira natural da pele, impedindo a entrada de substâncias indesejáveis nas camadas internas, além de evitar a perda de água. Este feito promovido pelo café verde é muito positivo na melhora de doenças dermatológicas, como dermatites, eczema e psoríase, além de ser preventivo da formação de rugas e estrias.
O óleo de café torrado tem sido empregado na indústria de cosméticos, para a formulação de batons e produtos aromatizados. Contudo, ele apresenta menor concentração dos diterpenos antioxidantes quando comparado ao café verde. Essa perda ocorre pelo processo de torragem e pode chegar a ser superior a 50%. As propriedades de ambos são semelhantes, diferenciando-se basicamente pelo aroma. O café verde tem um aroma parecido com as folhas verdes de café, e o café torrado lembra o próprio café filtrado em casa. O aroma do café torrado é considerado revigorante e combina muito bem com óleos amadeirados como o cedro e terrosos como o patchouli e vetiver em perfumes.
Autor:
Fabian Laszlo
Cientista aromatólogo
Referências: 1. Wm. Wrigley Jr. Company. Caffeine coated chewing gum product and process of making. United States Patent nº. 6,444,241- September 3, 2002 / 2. Vinson JA1, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled, linear dose, crossover study to evaluate the efficacy and safety of a green coffee bean extract in overweight subjects. Diabetes Metab Syndr Obes. 2012;5:21-7. / 3. Mubarak, Aidilla et al. Supplementation of a High-Fat Diet with Chlorogenic Acid Is Associated with Insulin Resistance and Hepatic Lipid Accumulation in Mice. J. Agric. Food Chem., 2013, 61 (18), pp 4371–4378 / 4. Sparnins, V.L.; Wattenberg, L.W., 1981. Journal of the National Cancer Institute, 66:769-771, 1981. Enhancement of Glutathione S-transferase Activity of the Mouse Forestomach by inhibitors of benzo[a]pyrene-induced neoplasia of Forestomach. / 5. Zor F, et al. Saving the zone of stasis: is glutathione effective? Burns. 2005 Dec;31(8):972-6. Epub 2005 Nov 8. / 6. Connock, A & E. Coffee oil. Documento interno. Hampshire, England. 1999. 9 p. / 7. Wagemaker TA, et al. Sun protection factor, content and composition of lipid fraction of green coffee beans. Industrial Crops and Products Volume 33, Issue 2, March 2011, Pages 469–473 / 8. Grollier, J.F., Plessis, S., 1988. Use of coffee bean oil as a sun filter. L’oreal. US Patent 4793990. / 9. Lam, LKT, et al. Effects of derivatives of kahweol and cafestol on the activity of glutathione-S-transferase in mice. Journal of Medicinal Chemistry, v. 30, p. 1399-1403. 1987. / 10. Schilter B. et al. Placental glutathione Stransferase (GST-P) induction as a potential mechanism for the anticarcinogenic effect of the coffee-specific